Um terremoto de magnitude 7,6 atingiu o mar próximo à cidade de Misawa, na região de Aomori, no norte do Japão, na noite desta segunda-feira (8), às 23h15 no horário local (11h15 em Brasília). O tremor teve epicentro a cerca de 80 quilômetros da costa e profundidade de 50 quilômetros, segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), e está entre os mais fortes registrados no país nos últimos dois anos.
O sismo foi sentido em amplas áreas do norte japonês e acionou imediatamente o sistema de alertas. Sirenes foram disparadas e moradores de regiões costeiras iniciaram evacuações preventivas. Ondas de tsunami já chegaram à costa, com registros de até 40 centímetros em cidades como Mutsu, Urakawa e Hachinohe, além de localidades em Hokkaido e Iwate. Até o momento, não há relatos de vítimas ou danos significativos.
As autoridades, porém, alertam que as próximas horas são decisivas. A JMA mantém o aviso para possibilidade de ondas mais altas, com previsão de tsunamis de até 3 metros ao longo da madrugada. O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, nos Estados Unidos, ampliou o alerta para um raio de 1.000 quilômetros do epicentro, incluindo a costa sudeste da Rússia e, com menor intensidade, Filipinas e Guam.
A primeira-ministra Sanae Takaichi declarou que o governo japonês acompanha a situação de perto e prepara respostas imediatas para eventuais emergências. Especialistas também reforçam o risco de inundações em áreas costeiras e de deslizamentos, recomendando que moradores não retornem às zonas de risco até o fim dos avisos oficiais.
O tremor ocorre em um contexto de intensa atividade sísmica no país e é comparado ao registrado em 2024 na província de Ishikawa, de mesma magnitude, que provocou 15 mortes e danos significativos. As autoridades seguem monitorando a evolução do cenário e novas atualizações devem ser divulgadas ao longo das próximas horas.


