A região Sul do Brasil está em alerta vermelho nesta terça-feira, 9, devido à formação de um ciclone extratropical associado à chegada de uma frente fria, fenômeno que provoca chuvas intensas, ventos acima de 100 km/h e risco de granizo. O aviso, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vale até 23h59 e classifica a situação como de “grande perigo”.
Os acumulados de chuva podem ultrapassar 60 mm em apenas uma hora ou chegar a mais de 100 mm ao longo do dia. As tempestades atingem diferentes áreas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, incluindo regiões metropolitanas como Curitiba e Porto Alegre, além de zonas serranas e do Vale do Itajaí.
Segundo o Inmet, há alto risco de danos a edificações, quedas de árvores, interrupções no fornecimento de energia, alagamentos e prejuízos para o transporte rodoviário. A orientação é para que a população desligue aparelhos elétricos, evite áreas abertas e proteja documentos e objetos de valor em caso de enchente.
Apesar de o ciclone atuar principalmente no Sul, seus efeitos já começam a ser sentidos em outras regiões. Em São Paulo, a terça-feira amanheceu com chuva intensa e rajadas de vento entre 60 km/h e 70 km/h, com previsão de novas ocorrências ao longo do dia.
De acordo com a Climatempo, o sistema também deve gerar instabilidades no Sudeste e no Centro-Oeste, mas sem a passagem direta do ciclone por essas áreas.
Reflexos em Minas Gerais
Embora Minas Gerais não esteja sob alerta vermelho do Inmet, o Estado pode enfrentar reflexos indiretos do sistema que atua no Sul. A combinação do ciclone com a frente fria aumenta o potencial para pancadas de chuva, descargas elétricas e rajadas de vento em partes do território mineiro, especialmente no Sul de Minas, Zona da Mata e região Central.
A tendência é de que áreas de instabilidade avancem ao longo desta terça-feira e dos próximos dias, podendo provocar chuva forte em períodos isolados. A Defesa Civil recomenda atenção para possíveis alagamentos, enxurradas e deslizamentos em áreas de risco.
Segundo a Climatempo, os impactos do ciclone serão sentidos no centro-sul do país ao menos até quinta-feira, 11. A partir de quarta-feira, o centro do sistema deve se deslocar para o oceano, no litoral do Rio Grande do Sul, afastando-se gradualmente do Brasil.


