Deputado cobra da Vale ampliação do trem noturno e operação durante todo o ano

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A cerimônia simbólica do Trem de Férias da Estrada de Ferro Vitória a Minas, realizada nesta quinta-feira (27) na Estação Ferroviária de Belo Horizonte, revelou controvérsias sobre o novo formato do serviço. Embora o lançamento oficial esteja previsto para 1º de janeiro de 2026, o deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB) criticou a proposta apresentada pela Vale, responsável pela operação da ferrovia.

Segundo o parlamentar, o modelo anunciado restringe o funcionamento do trem noturno apenas ao período de férias e limita as paradas a poucas cidades, como Ipatinga. Para Celinho, a exclusão de municípios como Santana do Paraíso, Timóteo, João Monlevade, Antônio Dias e Ipaba cria um desequilíbrio territorial no Vale do Aço, no Médio Piracicaba e no Vale do Rio Doce, contrariando compromissos assumidos pela concessionária no processo de renovação do contrato.

No ofício enviado à Vale e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o deputado cobra a inclusão de todas as estações da linha, além de operação noturna durante os 12 meses do ano. Ele argumenta que a alta ocupação do trem diurno — marcada por filas e demanda reprimida — demonstra a viabilidade do serviço contínuo.

Celinho Sintrocel também protocolou um requerimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais solicitando uma audiência pública na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social. O debate deve ocorrer no início do próximo ano legislativo, com o objetivo de discutir o tema com representantes da Vale, da ANTT e de municípios atendidos pela ferrovia.