Durante as férias escolares, o risco de acidentes elétricos aumenta porque as crianças passam mais tempo em casa. A curiosidade infantil, somada a fatores como tomadas desprotegidas, fios soltos e extensões improvisadas, eleva as chances de ocorrências graves. Dados do Anuário Estatístico da Abracopel indicam que, em 2024, 50 crianças e adolescentes de até 15 anos morreram por choques elétricos no Brasil. Além disso, 14 mortes foram causadas por incêndios de origem elétrica em residências.
De acordo com o gerente de Saúde e Segurança Corporativa da Cemig, José Firmo do Carmo Junior, a prevenção exige medidas básicas. Ele alerta para o perigo de crianças puxarem cabos ou inserirem objetos metálicos em tomadas. Outro ponto de atenção são os dispositivos eletrônicos: celulares e tablets não devem ser utilizados enquanto carregam, e aparelhos precisam ser mantidos longe de janelas durante tempestades.
Áreas de lazer com piscinas demandam atenção redobrada. Bombas e sistemas de filtragem devem possuir aterramento adequado e passar por inspeções técnicas frequentes. De acordo com a orientação da Cemig, o acionamento desses equipamentos deve ser feito exclusivamente por adultos, que precisam estar com o corpo seco e calçados.
A utilização do Dispositivo Diferencial Residual é uma medida de segurança fundamental. Obrigatório pelas normas da ABNT desde 1997, o DR identifica fugas de corrente e desliga o circuito instantaneamente para evitar choques. Sua instalação é essencial em áreas molhadas e deve ser realizada por um eletricista qualificado. A eliminação de improvisos, como o uso de benjamins, e a supervisão constante são as formas mais eficazes de garantir a segurança das crianças no ambiente doméstico.





