Inflação oficial de outubro fica em 0,09%, menor para o mês desde 1998

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A redução na conta de luz fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrar alta de apenas 0,09% em outubro, o menor resultado para o mês desde 1998. Em setembro, a variação havia sido de 0,48%.

Com isso, o acumulado em 12 meses caiu para 4,68%, voltando a ficar abaixo de 5% após oito meses — ainda acima do limite da meta do governo, de 4,5%.

O principal impacto veio da energia elétrica residencial, que caiu 2,39% devido à migração da bandeira vermelha patamar 2 para patamar 1, reduzindo o custo adicional nas contas. Sem essa mudança, o IPCA teria ficado em 0,20%.

O grupo alimentação e bebidas ficou praticamente estável (0,01%), com quedas em itens como arroz e leite longa vida, enquanto batata-inglesa e óleo de soja subiram.

As maiores altas entre os 377 itens pesquisados foram o aluguel residencial e a passagem aérea, ambos contribuindo com 0,03 ponto percentual.

Apesar da desaceleração, o IPCA segue acima da meta pelo 13º mês consecutivo, um dos motivos que levam o Banco Central a manter a taxa Selic em 15% ao ano.

A inflação de serviços subiu 0,41% no mês e acumula 6,20% em 12 meses, enquanto os preços monitorados recuaram 0,16%.

Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (11), a expectativa é que a inflação encerre 2025 em 4,55%, com a Selic mantida em 15%.