A oposição no Congresso Nacional intensifica nesta semana a articulação pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, aproveitando o cenário político após o feriado da Independência. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro pressionam o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a dar andamento ao tema.
Nesta segunda-feira (8), Motta deve se reunir com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, para discutir estratégias e medir o apoio das bancadas. Apesar da pressão, ainda não há um texto consolidado. Circulam ao menos três versões, uma delas incluindo anistia retroativa a partir de 14 de março de 2019 e a possibilidade de restabelecer a elegibilidade de Bolsonaro.
O projeto, no entanto, segue parado. Nem mesmo a urgência foi votada até o momento. Caso avance, precisará tramitar nas duas casas do Congresso antes de chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve vetar a proposta se aprovada.
A oposição aposta em maior espaço político para a pauta após o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, mas Motta já sinalizou que não deve pautar a matéria enquanto o processo estiver em curso. Ainda assim, a movimentação de partidos como União Brasil e PP, além da atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aumenta a pressão.
Enquanto isso, governistas organizam estratégias para barrar a proposta, caso ela avance na Câmara dos Deputados.
