A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou na manhã desta quarta-feira (10) a operação Veredicto Sombrio, após um trabalho de inteligência conjunto entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Corregedoria-Geral de Justiça do Estado. A ação investiga fraudes cometidas em sistemas operacionais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo o uso indevido de credenciais pertencentes a magistrados.
As informações levantadas pelas equipes de segurança institucional foram encaminhadas à 3ª Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (3ª DRACO/DEOESP), que aprofundou as apurações. Segundo a Polícia Civil, foi identificada uma organização criminosa especializada na manipulação de sistemas oficiais e na lavagem de dinheiro.
Com base nas evidências, a corporação solicitou mandados de busca e apreensão, prisões e bloqueio de bens. Ao todo, 27 ordens judiciais estão sendo cumpridas em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Jacutinga. Até o momento, nove pessoas foram presas.
A operação também apreendeu veículos de luxo, joias, computadores e celulares. A Justiça determinou ainda o bloqueio de aproximadamente R$ 40 milhões, incluindo cerca de 180 mil dólares em criptoativos.
As investigações continuam para apurar a extensão das fraudes e identificar todos os envolvidos no esquema.


