Tragédia de Mariana completa 10 anos

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No momento em que os olhos do mundo se voltam para o Brasil, sede da COP30 em Belém do Pará, para debater a emergência climática e a sustentabilidade, a Justiça do Trabalho reforça a necessidade de reparação de danos ambientais e humanos causados pela mineração.

Uma recente decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) manteve a condenação da Integral Engenharia Ltda., da Samarco Mineração S.A. e da BHP Billiton Brasil Ltda. ao pagamento de uma indenização por danos morais, no valor de R$ 120 mil, a um trabalhador terceirizado que presenciou a tragédia de Mariana.

Nesta quarta-feira, dia 5 de novembro de 2025, o rompimento da barragem de Fundão completa dez anos. Naquele dia, a estrutura operada pela Samarco se rompeu, liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que devastaram o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e seguiram pelo Rio Doce até o litoral do Espírito Santo.

O desastre matou 19 pessoas, deixou mais de 600 desabrigadas e afetou cerca de 3 milhões de pessoas nos dois estados. As comunidades de Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Pedras, Águas Claras e Campinas também foram duramente impactadas.

Dez anos depois, o rompimento de Fundão segue como símbolo da necessidade de responsabilidade socioambiental e de reparação integral às vítimas — humanas e ambientais — de tragédias provocadas pela mineração.