Duas mortes consecutivas abalaram o Zoológico de Belo Horizonte em menos de 24 horas. A leoa branca Pretória, de 14 anos, faleceu na terça-feira (11) durante um tratamento odontológico que exigia anestesia. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, apesar dos esforços da equipe veterinária. O animal já apresentava uma fratura e possível necrose nos dentes caninos inferiores.
No dia seguinte (12), a chimpanzé Kely, também com 14 anos, morreu após ser sedada para realização de exames no útero. A primata estava em quarentena desde que chegou ao zoológico, apresentando quadro de adoecimento, e os testes eram considerados essenciais para diagnóstico da condição.
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), determinou que a equipe técnica do zoológico apresente explicações formais sobre as mortes. Ele ressaltou que ambos os animais chegaram debilitados ao local e destacou a importância de transparência nos procedimentos.
A administração do zoológico informou que segue protocolos internacionais de manejo e que as intervenções anestésicas foram indispensáveis para diagnóstico e tratamento. Até o momento, o zoológico registrou 35 mortes em 2025 — número inferior à média anual dos últimos cinco anos, que varia entre 48 e 50.
Com o falecimento de Pretória, o leão branco parceiro dela permanece sozinho no recinto. Técnicos avaliam se será introduzida uma nova fêmea ou se o animal será transferido para outra instituição, priorizando o bem-estar e a adaptação do felino.





