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João Monlevade
sábado, setembro 13, 2025
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45% dos brasileiros acreditam que economia do País vai piorar após tarifaço dos EUA

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 29 e 30 de julho aponta pessimismo crescente entre os brasileiros em relação ao futuro econômico do país. Entre os 2.004 entrevistados com 16 anos ou mais, em 130 cidades, 45% acreditam que a situação econômica vai piorar nos próximos meses — o maior índice desde 2019, perdendo apenas para o recorde de 65% registrado em março de 2021, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19.

O aumento da desconfiança ocorre após o anúncio do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, de que irá taxar em 50% uma lista de produtos brasileiros a partir de 6 de agosto, medida que tem sido chamada de “tarifaço”. Entre os entrevistados que conhecem essa sanção, metade demonstra pessimismo em relação à economia nacional.

O percentual dos que acreditam em melhora caiu para 28%, contra 32% em junho, enquanto aqueles que acreditam que a situação permanecerá igual caíram de 31% para 22%.

A pesquisa também mostrou variações segundo o perfil dos entrevistados:

  • 54% dos com ensino superior acreditam em piora, contra 34% dos que têm apenas ensino fundamental;
  • 58% dos que ganham mais de 10 salários mínimos estão pessimistas, contra 38% entre os que ganham até dois salários mínimos;
  • Empresários lideram o pessimismo, com 70%;
  • Assalariados com carteira assinada, 52%; moradores das regiões Sul e Sudeste, respectivamente 53% e 51%; evangélicos, 55%; e 71% entre os que se declaram bolsonaristas.

Além disso, 89% dos entrevistados acreditam que o tarifaço prejudicará a economia brasileira, e 77% temem impactos negativos na economia pessoal.

O levantamento mostra também que 51% dos brasileiros avaliam que a economia já piorou nos últimos meses, contra 47% registrados em junho. A percepção de melhora econômica se mantém estável, em torno de 22% a 23%. Já a avaliação da economia pessoal aponta que 31% afirmam que sua situação financeira já piorou — o maior índice desde setembro de 2022.

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