O governador Romeu Zema demitiu, nesta quinta-feira (18), o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), João Paulo Martins.
No lugar dele, assume interinamente Edwilson Martins.A decisão ocorreu um dia após o então dirigente do Iepha ser alvo da operação “Rejeito”, força-tarefa de combate à mineração ilegal em Minas Gerais.
A ação cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão preventiva. Também afastou servidores, bloqueou R$ 1,5 bilhão em ativos e suspendeu as atividades das empresas investigadas.
As investigações apontam que o grupo teria corrompido agentes públicos para obter licenças ambientais fraudulentas.
Segundo o Observatório da Mineração, a operação é um marco histórico por revelar a captura do alto escalão do Estado para favorecer interesses criminosos.
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) declarou que não se pode permitir a “demonização de toda a atividade mineral” e destacou a importância da ampla defesa a todos os investigados.
Em nota, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) afirmou repudiar práticas ilegais que prejudiquem o meio ambiente e comprometam a integridade do setor no país.
