Caminhoneiros convocam paralisação nacional para 4 de dezembro

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Categoria reivindica congelamento de dívidas, anistia a multas e maior valorização profissional; autoridades acompanham mobilização

Caminhoneiros de diferentes regiões do Brasil anunciaram uma paralisação nacional marcada para a próxima quinta-feira, 4 de dezembro. A convocação foi feita pelo presidente do Sindicam, por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual ele pede o apoio da população e orienta que famílias se preparem para possíveis impactos no abastecimento.

Segundo o sindicalista, motoristas autônomos e transportadores já estariam se articulando em diversas localidades, tanto nas estradas quanto em pontos tradicionais de encontro da categoria. Ele também incentiva que caminhoneiros de todo o país façam o mesmo, reforçando o chamado para uma mobilização ampla.

Principais reivindicações

Entre as pautas apresentadas pelo sindicato estão:

• Congelamento das dívidas da categoria por 12 meses;

• Refinanciamento com carência de até 120 meses, visando aliviar o orçamento de profissionais endividados;

• Anistia de multas e processos relacionados a protestos anteriores;

• Maior reconhecimento e valorização do trabalho dos caminhoneiros.

O presidente do Sindicam afirmou que os profissionais “abastecem o país, mas não se sentem valorizados”, classificando o movimento como “um momento importante para a República”. Ele lembrou manifestações passadas motivadas por aumentos de combustíveis e tarifas, ressaltando que a situação atual exige medidas urgentes.

Clima de alerta e possíveis impactos

A convocação reacende a preocupação sobre possíveis efeitos da paralisação na economia brasileira. Setores ligados ao abastecimento, à produção industrial e ao transporte de alimentos acompanham o cenário com atenção. Uma paralisação nacional de caminhoneiros pode gerar reflexos no cotidiano da população, como atrasos na entrega de produtos e pressão sobre preços.

Autoridades federais e estaduais monitoram a movimentação e avaliam estratégias de diálogo, com o objetivo de evitar prejuízos mais amplos e buscar uma negociação com representantes da categoria.

Próximos dias serão decisivos

Ainda não há números oficiais sobre a adesão ao movimento. No entanto, especialistas destacam que os próximos dias serão essenciais para medir a mobilização regional, o envolvimento de lideranças estaduais e a abertura do governo para negociar os principais pontos reivindicados.

A expectativa é que novas informações sejam divulgadas pelo sindicato e por autoridades à medida que a data se aproxima.