Nesta terça-feira (9/12), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de seis réus acusados de integrar o chamado “Núcleo 2” da trama que tentou promover um golpe de Estado após as eleições de 2022. A sessão será conduzida pela Primeira Turma da Corte, com os ministros relator Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que também preside o colegiado.
Entre os acusados estão ex-agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e militares reservistas. Eles respondem por crimes graves como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo disputava impedir o exercício do voto, especialmente na Região Nordeste por meio de bloqueios e intimidações, além de elaborar uma “minuta do golpe” para justificar a interferência institucional. A acusação afirma que o plano incluía ações coordenadas de desestabilização institucional e restrição do processo eleitoral.
O julgamento, que começou às 9h, deve se estender ao longo dos próximos dias, com sessões já marcadas para os dias 10, 16 e 17 de dezembro. Após a leitura do relatório, terão início os debates. A decisão do STF poderá resultar em prisão, perda de cargos públicos e inelegibilidade para os condenados, conforme prevê a legislação
Esta fase final da ação penal representa mais um passo na responsabilização dos envolvidos na tentativa de ruptura institucional pós-eleições 2022. O desenrolar do julgamento será acompanhado de perto por autoridades, sociedade civil e mídia, dada a gravidade das acusações e o impacto para a democracia brasileira.
