InícioMinas GeraisPrivatização da Copasa entra na reta final e pode ser votada em...

Privatização da Copasa entra na reta final e pode ser votada em plenário nesta quarta-feira

A proposta de privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) chega a uma etapa decisiva nesta terça-feira (9/12), quando será analisada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A apreciação na comissão é a última fase antes da votação definitiva em plenário, prevista para ocorrer já na quarta-feira (10/12), caso o texto avance sem alterações.

A aprovação do projeto abre caminho para que a Copasa, criada em 1963, ainda como Companhia Mineira de Água e Esgoto (Comag), deixe o controle do governo estadual e seja transferida para a iniciativa privada. Se o texto for confirmado pelos deputados, a expectativa do Executivo estadual é realizar o leilão da companhia até abril de 2026. A previsão coincide com o período em que o governador Romeu Zema (Novo) deve renunciar ao cargo para disputar a presidência da República.

Parlamentares da oposição criticam a rapidez da tramitação e alegam falta de debate público. A deputada Bella Gonçalves (PSOL) afirma que o processo avança sem discussão suficiente sobre eventuais impactos sociais, econômicos e ambientais. “Acho muito grave que uma medida que vá afetar tantos mineiros esteja passando assim, sem um debate sério”, declarou.

Apesar das críticas, o governo tem consolidado vitórias nas etapas anteriores e mantém apoio consistente na Casa. Para Bella, a base governista tem evitado discutir os efeitos da privatização. “As perspectivas não estão boas. O governo não tem mostrado qualquer disposição ao diálogo e a base nem discutindo o projeto e seus impactos está”, avaliou.

Sem votos suficientes para barrar o texto, a oposição tenta aprovar emendas que considera essenciais para garantir proteção a trabalhadores, consumidores e municípios atendidos pela estatal. Entre as propostas, quatro alterações são tratadas como prioritárias, buscando estabelecer condições mais rígidas ao futuro controlador privado e reforçar mecanismos de segurança regulatória e social.

A discussão segue nesta terça-feira, enquanto sindicatos e entidades contrárias à privatização preparam novas ações judiciais para tentar impedir a venda. A expectativa é de que o tema volte a mobilizar manifestantes na porta da ALMG durante as votações.

Não é permitida essa ação.

Sair da versão mobile