Medida afeta parte das exportações brasileiras e foi classificada como resposta a “emergência nacional”
Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) a nova tarifa de importação imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A alíquota saltou de 10% para 50%, conforme decreto assinado pelo presidente norte-americano Donald Trump no fim de julho. A decisão representa um novo episódio de tensão comercial entre os dois países e promete afetar setores estratégicos da economia brasileira.
A medida, segundo Trump, foi adotada como resposta a uma “emergência nacional”. Em pronunciamento oficial, o presidente alegou que ações do governo brasileiro estariam violando direitos fundamentais, perseguindo opositores políticos e prejudicando empresas norte-americanas. “Não vamos tolerar abusos contra a liberdade e a economia americana”, disse Trump.
Apesar do aumento significativo da tarifa, parte das exportações brasileiras foi poupada da sobretaxa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), produtos como petróleo, suco de laranja, aeronaves, peças de aviões e celulose continuam sujeitos à alíquota anterior, de 10%.
O impacto da nova taxa ainda está sendo avaliado pelo governo brasileiro, que sinalizou buscar diálogo diplomático. Técnicos do MDIC alertam que a medida pode representar perda de competitividade para diversos produtos nacionais no mercado norte-americano, além de acirrar a tensão entre os dois países.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou em nota afirmando que o aumento da tarifa representa “um grave retrocesso nas relações comerciais” e pediu ao governo brasileiro que busque “soluções diplomáticas e institucionais para reverter a decisão”.
